A “Mininice” ou ser Adulto, tentando ser o que não é.

A “Mininice” ou ser Adulto, tentando ser o que não é.


O limiar do século XXI está sendo um momento de retorno de pseudocertezas, ocorrido em tempos anteriores (medievo), em especial, o desconhecimento do conceito infância, acompanhado do termino da “mininice”. Logo, este texto vem apresentar a intencionalidade deste fim, em promoção mediática.

E para entender esta dinâmica precisamos retornar ao período do Renascimento cultural processo endêmico europeu (séc. XIV-XVII), pois, sendo um lapso transitório para idade Moderna, com a construção alegórica da puerícia, ao contrario de paradigmas medievais que considerava a criança como uma personificação do adulto.

Partindo daí, há um resgate da conjuntura pré-renascimento, pois nos tempos atuais os nossos “rebentos” vivem numa sociedade em que os conceitos psicossociais não enfatizam as diferenças entre maior idade(adulto) e menor idade(criança), desta forma, abrindo o mundo da maturidade precoce em um “Déjà vu medieval”, exemplificado pelas TVs nos programas de disputas musical, onde a criança demonstra uma exacerbada maturidade em detrimento de sua faixa etária, colocando o “pequeno adulto” em evidência com relação aos pais/responsáveis que neste processo há um “MIX” de orgulho e conformidade. Assim, Neil Postman nos mostra, “que nós, filhos de pais, que viveram em regimes ditatoriais e repressores no séc. XX somos receosos em cobrar dos nossos filhos o que fomos cobrados em nossa infância”, somando-se a isso há uma grande facilidade de informações difundida pela Rede Mundial de Computadores através de “Youtubers” e as Redes Sociais que apresenta para as crianças uma superioridade formativa, marginalizando a construção de uma censura interior, exteriorizado na violência. Pois segundo o Atlas da Violência divulgado em 2019, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPea), aconteceu no Brasil 31.6 homicídios por 100 mil habitantes, e destas mortes mais da metade 59.1%, corresponde a jovens entre 15 a 19 anos.

Portanto, numa visão holística, os “pequenos”, perdendo sua infância espelham-se em arquétipos adulto na apropriação do masoquismo.  

REFERENCIAS:
Neil Postman (O Desaparecimento da Infância).
Antônia Zuin. A. S (Violência e Tabu entre Professores e Alunos).
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPea), 2019.



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