Evolucionismo Social - Uma Projeção Evolucionista das Sociedades Humanas

Herbert Spencer
Herbert Spencer - Evolucionismo Social

Para desenvolver o assunto sobre evolucionismo social está análise será pautada por referências como James Fraser, Lewis Henry Morgan, Herbert Spencer.

O evolucionismo social orientou explicações acerca do estágio evolutivo das distintas sociedades humanas.

Herbert Spencer, por exemplo, concebe a ideia de evolução a partir de formas simples para formas mais complexas, ou, pode se dizer, do mais homogêneo para o mais heterogêneo, ou ainda, do desorganizado para o organizado.

“[...] Spencer foi o mais importante porta-voz de uma teoria social, baseada em uma brutal luta pela existência, equivocadamente denominada darwinismo social, que pleiteava que a guerra dos fortes contra os fracos, dos ricos contra os pobres, deveria seguir seu curso natural, pois seria através dela que a sociedade humana alcançaria aquele patamar de pleno desenvolvimento, purgando-se dos pobres e dos fracos. [...] o pensamento de Spencer é bastante complexo e há estudiosos que argumentam ser necessário um estudo mais aprofundado de sua vasta obra para poder se avaliar com maior precisão a importância desse pensador, que foi filósofo, psicólogo, sociólogo e biólogo"

Darwin, influenciado pela obra de Spencer, elaborou teorias evolucionistas que demarcavam, naquela época, as noções de superioridade e cultural racial, constitutivas do paradigma vigente.

Quanto a Lewis Henry Morgan, ao estudar o processo de desenvolvimento da humanidade excluí qualquer medida de tempo. Em outras palavras, pode-se dizer que, a história da raça humana é uma só. Em sua concepção identifica um caminho ascendente do estágio humano que passa por selvagem, vai para a barbárie, e, finalmente, chega na civilização.

Também, James Frazer, em sua teoria evolucionista permite conceber a unidade essencial do espírito humano por suas manifestações culturais. Em uma escala evolutiva compreende o homem se iniciando na magia, avançando para a religião e atingindo sua maturidade na ciências.

É possível levantar mais sobre este estudo (evolucionismo) a partir de outros autores como Edward Burnett Tylor, e com Henry Sumner Maine, mas para trazer este assunto, precisamente, para o Brasil pode-se começar por Nina Rodrigues.

Ele elaborou descrições de aspectos culturais brasileiros e de tipos humanos e teorizou sobre o movimento social de canudos. Em 1890 Nina Rodrigues atribuiu à predominância da raça negra e aos mestiços a razão do retrocesso econômico da Bahia. As doenças, costumes e religião influenciavam, de forma negativa, a população. Concebeu o negro, o mulato, o pardo, ou indígena, do ponto de vista do racismo científico como seres inferiores, devido à ancestralidade selvagem.

“[...] o monoteísmo, característico do europeu, socialmente mais evoluído, entrava em conflito com o feitiço dos africanos e com a astrolatria dos indígenas. Rodrigues (1939) afirmou que a própria catequese, cujo interesse era a conversão religiosa dos povos ditos inferiores, apenas gerava conflitos perenes entre a necessidade de manifestação de sentimentos religiosos inferiores e o constrangimento decorrente de uma perspectiva educativa assentada em idéias abstratas, muito superiores ao alcance da capacidade mental dos denominados de inferiores."

O paradigma do racismo científico manteve-se hegemônico até a década de 1930. A partir de 1950, novas pesquisas desacreditaram a interpretação de Nina Rodrigues.

Fontes:

STRAUSS, André e WAIZBORT, Ricardo. Sob o signo de Darwin? Sobre o mau uso de uma quimera. Rev. bras. Ci. Soc. [online]. 2008, vol.23, n.68, pp. 125-134. ISSN 0102-6909. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-69092008000300009.

CHAVES, Evenice Santos. Nina Rodrigues: Sua Interpretação do Evolucionismo Social e da Psicologia das Massas nos Primórdios da Psicologia Social Brasileira. Psicol. Estud. Vol.8 no.2 Maringá July/Dec. 2003
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