A Expansão Marítima Européia séc. XV, XVI e XVII. Como Tudo Começou?

Por volta do séc. IX a península ibérica se mantinha sob domínio muçulmano, restando apenas uma parte ao norte em uma região que oferecia difícil acesso pelo relevo montanhoso, seus habitantes haviam resistido dês do séc. VIII quando a invasão começara.

As lendas de antigos Reis e a “Fé Cristã” tiveram um papel fundamental. Se no séc. V o povo se encontrava em uma crise de identidade, devido a queda do Império Romano e as invasões Bárbaras, seculos mais tarde eles tiveram um fator de união entre si, provenientes de varias culturas muito diferentes (romanos, celtas, visigodos e suevos), a luta contra o inimigo muçulmano acabou fortalecendo a identidade desses povos e criando uma sede de Reconquista.

Quando a Europa começa a chamada Reconquista, a Igreja incentiva a luta armada, contra o inimigo comum, e nesse período foi achada, a ossada do apóstolo São Tiago, o que acabou fazendo com que a fé, fosse um fator de recrutamento de guerreiros contra infiéis, a guerra santa travada pela Igreja, funcionou e a invasão foi regredindo, o caminho de Santiago de Compostela, usado para a peregrinação rumo à Reconquista contra os infiéis, fez com que um grande contingente de Reis e de Cavaleiros, fossem lutar por sua fé e glória, perante seu Deus.

A Reconquista só acabaria em 1492 quatro seculos mais tarde, quando o ultimo Reino, Granada, foi definitivamente conquistado.

Este fator trouxe uma enorme mudança na realidade européia, principalmente na Península Ibérica, onde a centralização do poder monárquico, possibilitou a Portugal e Castela, iniciarem suas atividades comerciais e expansionistas (como uma atividade do “Estado”). O monopólio comercial das especiarias pelos venezianos e genoveses, fês com que a situação de pobreza do povo comum da Península Ibérica, somado às promessas de uma vida melhor e a possibilidade de descobrir uma rota alternativa para a Índia, possibilitassem a condição necessária para a chamada Expansão Marítima, mas isso não foi tão fácil assim, e só foi possibilitado pelas evoluções na tecnologia naval herdada da época da invasão muçulmana, e melhorada por oficinas artesanais de Portugal e Espanha, cujos trabalhos acabaram sendo ensinados de pai para filho. Existi uma controvérsia sobre se realmente a Escola de Sagres existiu ou não (ao final do texto segue um link sobre a História da Escola), alguns Historiadores acreditam que não passa de uma Lenda, o fato é que, seja lá o que tenha acontecido, o resultado foi um desenvolvimento na área da cartografia, dos instrumentos de navegação e nas próprias embarcações.

Isso possibilitou a expansão e lançou Portugal pelo Mar Tenebroso (Oceano Atlântico), rumo a África (neste Blog, tem 2 artigos sobre esta “aventura” pela África), que podem ajudar a entender melhor esta fase da Expansão, buscando uma rota marítima para a Índia e suas especiarias, pois por terra ela estava sendo monopolizada por Veneza e Gênova como já dito.

Links Uteis:

Resumos Sobre a História da África, durante a colonização portuguesa:

http://oficinadohistoriador.blogspot.com/search/label/%C3%81frica%20Portuguesa

Escola de Sagres (Wikipédia):

http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_de_Sagres
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